A Teoria do agendamento ou Agenda-setting theory parte do pressuposto de que todos os assuntos da sociedade são formados pela mídia, a partir do que esta decide pôr em evidência. As notícias que são escolhidas, postas em foco, carregam consigo diversas outras pautas que acarretam outras diversas discussões e acabam fazendo com que as pessoas se vejam ''forçadas'' a se posicionar ideologicamente, como cidadãos pensantes. Como exemplo disso temos o caso Eloá, que trouxe tantos questionamentos sobre crimes passionais, a instituição do namoro na adolescência, relacionamentos doentios e até mesmo pena de morte. Ou o caso Realengo, onde muito se discutiu sobre a questão do bullying nas instituições escolares, o peso da religião na vida das pessoas, a importância da estabilidade familiar para a sanidade psicológica e mais uma vez sobre desarmamento e segurança. No caso Isabela Nardoni, a sociedade se viu forçada a discutir a relação de filhos com madrastas/padrastos, violência infantil, o impacto do divórcio dos pais na vida das crianças e mais uma vez na pena de morte.



Bernard Cohen, cientista e historiador, declarou que a imprensa não é responsável pelo que as pessoas pensam, mas certamente é responsável sobre o que elas pensam. Todos os veículos midiáticos tem consciência disso e muitas vezes usam esse "privilégio'' para mascarar outras notícias de suma importância para a população. O aumento do salário dos parlamentares e da tarifa de ônibus ou até mesmo mudanças radicais na câmara, geralmente são feitas em época de copa do mundo, férias ou carnaval, onde a mídia faz questão de ocupar seu espaço com notícias de importância inferior, evitando assim qualquer atenção ou movimentação popular.
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