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sábado, 8 de outubro de 2011

Dois pontos importantíssimos que a Escola de Palo Alto ou Colégio Invisível aborda: a) é impossível não se comunicar. (dããã!) b) a comunicação é um processo relacional, ou seja, os indivíduos tem seu papel nela, eles participam. Ai vem o Estudo dos Efeitos em Longo Prazo: os meios de comunicação, ao contrário do que dizia a Teoria Hipodérmica, passam a afetar as ideias e ações da sociedade, porque eles influenciam no modo como o indivíduo vai organizar sua vida social. É ai que vai entrar o Newsmaking ou teoria construcionista da notícia. O que é isso? Bom, é o estudo de como a notícia vai ser produzida e como ela reproduz ou modifica a realidade (é aquilo lá da Teoria do Espelho, mais ou menos), e começa-se então o trabalho do jornalista, o pobre sofredor. Sério, eu acho que quando você faz Jornalismo é algo que tem que vir do fundo do coração, sabe (hein?), você tem que gostar mesmo, porque ô criaturinha que sofre: tem que ir atrás de notícia, passar madrugadas acordado, ter ideias interessantes (porque não é qualquer ideia que vai te promover ou fazer algo do tipo), fazer pautas, selecionar as notícias que serão veiculadas (o tal do gatekeeper), e por ai vai. Jornalista não tem rotina, ele pega o que vai aparecendo e vai tentando transformar isso em alguma coisa que vá mudar algo na realidade. Uma notícia, para ser boa e atrair o público, ela tem que ter o valor notícia: a morte de uma personalidade, por exemplo, tem um valor notícia alto, vai atrair as pessoas, elas vão querer saber mais e mais detalhes, e etc. Um jornalista não pensa só na opinião do público, ele também pensa na opinião dos seus colegas de trabalho, ou então na concorrência ("será que essa notícia seria publicada por outro jornal/revista/site?"). A notícia, para ser realmente notícia, ela tem que alterar a rotina, sabe? Dizem por ai que quanto mais desgraças acontecerem, melhor para um jornalista ("más notícias são boas notícias."). Não é que jornalista adore uma tragédia, é que ele meio que depende daquilo para viver, né? Mais ou menos isso. A notícia de um acidente de carro onde ninguém saiu ferido não vai atrair tanto quanto um terremoto que deixou mais de mil vítimas. Enfim, não tem para onde fugir: tem que correr atrás do fato, pesquisar, ver o que é relevante, organizar, investigar as fontes, e blábláblá. O videorrepórter do GloboEsporte.com foi entrevistado para o blog do concurso CNN contando a rotina de um jornalista, e é bem interessante.


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