O Paradigma Funcionalista Pragmático
tinha como base o positivismo, valorizando assim, as pesquisas empíricas. A Escola de Chicago deu início ao chamado
interacionismo simbólico, que refletia como a comunicação de massa poderia ser utilizada
de forma científica para resolver as novas e complexas relações entre os
indivíduos, além dos desequilíbrios sociais que surgiram nas grandes cidades
com a industrialização.
Ela entendia que a vida social só
poderia ser compreendida por meio da interação social, ou seja, por meio da
observação dos processos comunicacionais. Acreditava ainda que os símbolos
possibilitavam ao indivíduo os processos de interação, permitindo-o a interpretação
do seu ambiente social, a divulgação das suas ideias, a elaboração e registro
da sua história e de seus conhecimentos.
Portanto, a comunicação seria o
processo de troca de informações e também a própria estrutura simbólica sobre a
qual se apoiava a sociedade. Para os pensadores da Escola de Chicago, os indivíduos
seriam capazes de entender e descrever os fatos sociais que os cercavam, no
entanto, esses indivíduos agiriam em função do significado dado às coisas nos
processos de comunicação, e não das coisas em si.
Segundos os princípios dessa escola, a
vida social seria o resultado da capacidade humana de se comunicar e, a partir
dessa comunicação, teriam condições de interpretar o contexto social. O
significado social dos objetos seria o resultado do sentido que era dado a eles.
Sendo assim, a comunicação teria a função de criar e manter o entendimento
essencial entre os indivíduos, ao mesmo tempo em que daria condições para que
novas formas de comportamento fossem introduzidas na sociedade. A comunicação
era vista como o elemento que possibilitava a interação social.
O desenvolvimento técnico fez dos meios
de comunicação de massa o principal meio de difusão do conhecimento da
sociedade, mas esses meios iam além de ampliar o alcance da comunicação, pois
redimensionavam a realidade.
Paralelamente à expansão dos meios de
comunicação de massa, desenvolveu-se a crença de que os veículos de comunicação
poderiam ser usados para controlar e dirigir essas massas. Originando assim a
corrente denominada Pesquisa em Comunicação de Massa. Essas pesquisas não
ocorreram por conta de necessidades científicas, mas sim por necessidades
políticas e econômicas. Analisavam o impacto da propaganda nos tempos de guerra
e o papel da mídia na sociedade de massa.
A
pesquisa em comunicação, nos Estados Unidos, tinha como principal objetivo
entender os efeitos ou resultados dos novos meios de comunicação na sociedade
de massa. Partiram da noção de que por meio do controle consciente e
inteligente dos hábitos e opiniões seria possível às instituições constituírem
uma espécie de governo invisível que conduziria a população para atitudes
desejáveis. Isso tudo com o uso da persuasão, do controle social, do uso e das gratificações
nos processos de consumo dos meios de comunicação.
Lasswell viu nos meios de difusão um
instrumento indispensável para a gestão governamental de opiniões. Ele criou o
modelo da teoria hipodérmica ou teoria da bala mágica. Essa teoria desenvolveu-se
no período entre as duas grandes guerras e partia da ideia behaviorista de que toda
resposta correspondia a um estímulo, onde uma mensagem lançada pela mídia seria
imediatamente aceita entre todos os receptores e em igual proporção.
Assim,
quando a mídia conseguia atingir esses indivíduos isolados, a persuasão
acontecia facilmente, com grande efeito, sem resistências. Por este motivo essa
teoria também ficou conhecida como teoria da bala mágica, devido ao forte
impacto atribuído a mensagem sem encontrar resistência do receptor. A
passividade do receptor era a principal característica do indivíduo nesta
teoria.
Por conta do seu embasamento
extremamente simples, logo a teoria hipodérmica foi considerada defasada. Pois via
a massa de indivíduos como homogênea, composta por sujeitos que não se conheciam,
que estavam separados uns dos outros no espaço e tinham pouca ou nenhuma
possibilidade de influências recíprocas. Desconsideravam qualquer
particularidade social, política, religiosa ou histórica. Nessa teoria, todos
os indivíduos eram pensados como equivalentes e presumia-se que recebiam as
mensagens da mesma forma.
2 comentários:
laswell nao criou a teoria da bala magica...
laswell nao criou a teoria da bala magica...
Postar um comentário