"Marilena Chauí, analisando a questão da Ideologia afirma que 'A função principal da ideologia é ocultar e dissimular as divisões sociais e políticas, dar-lhes a aparência de indivisão e de diferenças naturais entre os seres humanos. Indivisão: apesar da divisão social das classes, somos levados a crer que somos todos iguais porque participamos da idéia de “humanidade”, ou da idéia de “nação’ e “pátria”, ou da idéia de “raça”, etc. Diferenças naturais: somos levados a crer que as desigualdades sociais, econômicas e políticas não são produzidas pela divisão social das classes, mas por diferenças individuais dos talentos e das capacidades, da inteligência, da força de vontade maior ou menor'. Argumenta ainda que 'A produção ideológica da ilusão social tem como finalidade fazer com que todas as classes sociais aceitem as condições em que vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem pretender transformá-las ou conhecê-las realmente, sem levar em conta que há uma contradição profunda entre as condições reais em que vivemos e as idéias'." (Fonte)
Então, com essa reflexão, percebemos que a ideologia da indústria cultural é disfarçar o seu verdadeiro significado. Para Marx, a ideologia alienava o ser humano, deixando-o ser manipulado. Na chamada indústria cultural, a cultura, que deveria ser o saber, é transformada em mercadoria e vendida, serializada, padronizada. Essa venda de cultura é uma forma de controlar a sociedade e de impor o que/sobre cada um deve usar/pensar. A televisão é um dos principais meios de comunicação de massa responsável por essa "industrialização": para as crianças, por exemplo, ela vai ajudar a constituir a personalidade da mesma, dizendo que tal produto é melhor que outro, e assim as crianças crescem e vão querendo consumir mais e mais. Em resumo, a indústria cultural constrói personalidades manipuladas e alienadas, que consomem e são consumidas pela mesma.
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