Segundo McLuhan “as formas de uma ambiência tecnológica constituem também janelas-ideias. Cada forma (dispositivo ou metrópole), cada situação planejada e realizada pela inteligência factiva do homem é uma janela que revela ou deforma a realidade.”
Vamos tomar como exemplo o término de namoro de duas pessoas fictícias, Luiza e Matheus. Existem diversas maneiras de se terminar um relacionamento, e a maneira pela qual você faz isso, diz muito a respeito da mensagem que você quer passar, mesmo que você utilize as mesmas palavras. Quando Matheus se reporta a Luiza pessoalmente, situação na qual ela pode vê-lo, olhar em seus olhos, tocá-lo, ouvir sua voz, perceber suas expressões e etc, todos os seus sentidos podem ser explorados. No entanto, se ele o fizesse por telefone, a conversa se limitaria ao sentido auditivo, ela não poderia visualizá-lo, que mudaria o efeito da mensagem, podendo levá-la a pensar que existia menor consideração, preocupação ou importância daquela mensagem para Matheus. Imagine agora se ele fizesse isso por SMS. As mesmas palavras, certo? O mesmo e exato discurso proferido em pessoa ou por telefone. O entendimento e recepção seria completamente diferente. O meio mudou, consequentemente a realidade pode ter sido deformada – no caso de Luiza concluir erroneamente a desimportância do assunto para ele – ou até mesmo revelada – no caso de a situação ser, de fato, desimportante para ele e ter a escolha do meio ter revelado isso. A escolha de determinado meio diz muito sobre a mensagem que queremos passar. Alguém que teria muita consideração, provavelmente não escolheria passar essa informação por mensagem de texto, hehehe.
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