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quinta-feira, 17 de novembro de 2011


Adorno e outros filósofos de sua época se viram obrigados a exercer um difícil trabalho: filosofar sobre sua realidade atual. Realidade esta que estava passando por transformações em todos os setores, inclusive no econômico. Com o comércio fortalecido num momento pós revolução industrial, as últimas descobertas dos cientistas e em consequência disso, o avanço tecnológico, o capitalismo se viu mais forte que nunca. O homem, por sua vez, sem perceber, deixou sua autonomia ir embora. E aos poucos os humanos iam desumanizando-se. Antes a razão humana, doutrinada no Iluminismo, tinha o domínio dos seres pensantes. Porém, esta acabou por dar lugar ao domínio da razão técnica. Os valores de cada um foram pouco a pouco sendo trocados por seus devidos interesses econômicos. A lei do mercado dominava a sociedade e quem não se permitia ou não conseguia acompanhar, se via alheia ao seu lugar comum, pairando sobre os dias e o tempo, na escória da sociedade. A partir daí o individualismo nasce e junto com ele, sua mãe: a Indústria Cultural.

Para Adorno, o homem na era da Indústria Cultural não vai além de um instrumento do capitalismo. Um ser em vida apenas com o propósito de trabalho e consumo. Como um objeto, este se faz tão manipulável que até o ato de ser feliz, de rir, de sair de casa para se divertir se faz uma extensão do trabalho. Esta indústria prepara seus consumidores/participantes para um esquema simples: recebendo ''conselhos de quem entende'', na mídia/publicidade, o homem não precisa pensar, basta fazer sua escolha.




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