Nós, consumidores de notícias, temos a tendência de levar em consideração a opinião da mídia na hora de determinar a importância dos assuntos. A teoria da Agenda nos explica que as pessoas consideram os assuntos veiculados pelos meios de comunicação mais importantes do que os ignorados por eles. É como se a mídia fosse um filtro do que serve ou não para debater.
A intenção da mídia, segundo a Teoria da Agenda, não é a de persuadir, mas a de nos dizer em que pensar. É como se ela quisesse organizar nossas conversas.
Vamos exemplificar:
No dia 29.04.2011 aconteceram vários assaltos, milhares de pessoas morreram, pessoas desapareceram, crianças foram sequestradas, aconteceram manifestações e outras muitas notícias apareceram. Mas o que realmente foi tratado pela mídia foi o casamento real do Príncipe William e Kate Middleton.
Isso nos deixa claro o que a Teoria da Agenda defende. São os meios de comunicação que decidem o que informar.
Outro exemplo: Durante os Jogos Pan americanos acontecidos no Rio de Janeiro, nada mais que se passava no Brasil de ruim era tão comentado. A mídia queria que as pessoas comentassem sobre o Pan Rio e isso aconteceu porque procuravam só veicular assuntos referentes aos jogos.
Percebem a Teoria da Agenda?A intenção não é formular o
pensamento das pessoas, mas tabelar a importância dos assuntos a serem tratados. O que deve ser apenas mais uma informação passa a ser tratado como um assunto importantíssimo, que não pode faltar nas conversas diárias das pessoas.
Exemplo extra: Durante as campanhas políticas os meios de comunicação deixam de noticiar em primeiro plano as propostas dos candidatos para dar destaque às acusações de políticos rivais.
Em resumo as pessoas recebem as notícias, que pela mídia são divididas em agendas sociais (política, pública e jornalística) e as notícias mais comentadas pelas pessoas, querendo ou não, são as rotuladas como ''febres do momento''. Não é uma questão de manipulação, é como definir uma pauta para as pessoas comentarem.
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