Os estudos sobre os gatekeepers analisam o comportamento dos profissionais da comunicação, de forma a investigar que critérios são utilizados para se divulgar ou não uma notícia. Isso porque estes profissionais atuariam como guardiões que permitem ou não que a informação "passe pelo portão", ou melhor, seja veiculada na mídia. A decisão de publicar algo ou não publicar depende principalmente dos acertos e pareceres entre os profissionais, que estão subordinados a uma cultura de trabalho ou uma política empresarial e ainda aos critérios de noticiabilidade. E que não raro exclui o contato com o público.
Segundo Mauro Wolf o conceito de newsmaking diz respeito ao profissional jornalista que dentro da empresa atua como editor. É aquele que é responsável pela configuração final da página (quando no jornal impresso) ou da sequência das notícias bem como daqueles que serão manchetes. É um sujeito que fabrica a realidade porque - tendo incorporado os critérios universais de seleção daquilo que distingue fatos de acontecimento vai selecionar de acordo com a seleção já determinada pelas agências de notícias. O editor - que é um gatekeeper - ao selecionar - fabrica o que vai ser notícia. O jornalismo de massa, ou - o jornalismo produzido pela indústria cultural é um jornalismo que serve aos interesses do capital e é produzido para reproduzir comportamentos e não para informar, no sentido que esperava-se do jornalismo. Isto porque - quem mantém um jornal é sempre alguém que é um grande proprietário, ou alguém em débido com o governo e/ou com as elites econômicas.
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