Até o início da década de 40, as pessoas tinham uma visão muito fechada acerca da Comunicação, onde emissor e receptor não tinham a mesma importância. Esta era vista como um esquema linear, desconsiderando que símbolos, gestos, além de olhares dão mais sentido aos seres, objetos, etc.
Foi então que surgiu, nesta mesma década, uma nova teoria da comunicação: a Escola de Palo Alto, ou Colégio Invisível, que tinham na “liderança” o antropólogo Gregory Bateson e que passou a notar que é impossível não haver comunicação, nem que seja exatamente de forma “invisível” (daí o segundo nome), em algum gesto, ou olhar (comportamentos não verbais). Nesta Escola, eles tinham como princípios as idéias de que todo comportamento humano tem seu valor na comunicação.
Vale lembrar, porém, que a subjetividade e a cultura é que encaminham e dão forma a esse processo de comunicação Invisível. Falar outra língua, por exemplo, é mais fácil, basta estudá-la. Porém, cada olhar, cada gesto, pode ser visto de diferentes maneiras de acordo com a cultura de cada local.
Temos certeza disso, a partir do momento em que imaginamos o gesto de “Legal” com o dedo polegar. Há algum tempo na sessão de abertura do parlamento de Bangladesh, houve uma grande polêmica por conta de um gesto de um (Abdur Rob). O que ele fez? Sinalizou com o dedo polegar (nosso famoso “tudo bem”), uma afronta para a cultura do país. Em outros países, o gesto equivale ao que o dedo médio levantado (COTOCO) representa para nós. Já no Brasil, é um sinal de positivo.
E as mãos nos Bolsos? Essa atitude durante uma conversa, na França, ou no Japão é falta de educação. Até um olhar pode ser interpretado de várias formas, dependendo de suas experiências com olhares, ou situação do momento.
Enfim, a comunicação não verbal, de fato, existe, mas temos que aprofundar mais nosso conhecimento, estudar culturas antes de andar por ai levantando o polegar na Holanda...
1 comentários:
amei, haha.. arrasou Alan ;]
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