O paradigma funcionalista é aquela corrente de pensamento que vê os processos sociais como sistemas que trabalham para manter a sociedade em h
armonia. As partes trabalham, então, para conservar o equilíbrio do todo (essa é a sua função) e para isso elas devem trocar informações e se relacionar. Com isso, fica claro o papel fundamental da comunicação social no funcionamento da so
ciedade. Algumas deficiências foram identificadas nesse paradigma e diferentes autores tiveram abordagens distintas em relação ao Funcionalismo.
Robert Merton e Lazarsfeld introduziram a diferenciação entre funções latente e manifesta, além da possibilidade de disfunção e disfunção narcotizante, e é exatamente disso que quero falar.
No texto de Ana Carolina R. P Temer e Vanda C. Albieri Nery, disfunções são definidas como falhas ou defeitos na utilização da comunicação. A disfunção narcotizante é uma dessas
falhas que acontece quando o excesso de informações leva a apatia, a ausência da ação. Segundo o que li no blog do Lauro*, "a disfunção narcotizante é o efeito que o excesso de informações causa sobre as massas, tornando as pessoas menos críticas devido ao grande volume de dados a que têm contato".
A tecnologia gera facilidade na aquisição de informações e é instrumento da comunicação, mas também satura aqueles que não conseguem filtrar e se posicionar criticamente a tais produtos. Hoje em dia, a maioria da audiência se divide nos que nunca aprenderam a ter visão crítica e nos que desaprenderam por conta da superficialidade que o excesso de inform
ações proporciona e isso é uma situação super propícia ao ocasionamento da disfunção narcotizante.
A informação é sem dúvida um dos bens mais valiosos para a tomada de decisões, para extermínio das incertezas, para o prestígio social e pessoal, para o sucesso nos empreendimentos, mas em meio a tanta informaç
ão disponível, se não soubermos filtrar e utilizar o que realmente "vale a pena" ou nos interessa, tanta informação acabará se tornando desinformação.
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