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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Rotina de produção em uma redação de jornal. Há uma série de etapas para que a informação vire propriamente notícia. Estas etapas são orientadas a partir de critérios de noticiabilidade.

Informação > Conteúdo > Notícia

As informações chegam até a redação em grande quantidade, havendo a necessidade de uma pré-seleção, onde o pauteiro, ou chefe de reportagem (atuando como gatekeeper) disponibiliza repórteres para coleta de informações. Voltando da pauta, o repórter escreve sobre o fato, e apresenta ao seu editor, o responsável pelo caderno, este editor recolhe todas as matérias produzidas por seus repórteres e as leva para o Editor Chefe.

Mais tarde ocorre o (dead line) fechamento do jornal, é uma corrida contra o tempo. Toda empresa tem um horário para o fechamento de sua edição, que geralmente sofre alteração quando ocorre um novo fato.

Critérios de noticiabilidade

Como havia dito antes, nem todas as informações podem ser publicadas, pela falta de espaço e também pela sua importância, existe um filtro para escolher o que vale ou não a pena.

No Jornal impresso, como em todo jornal, existe uma linha de produção, onde o tema a ser debatido é escolhido a partir da sua relevância. Na redação, geralmente ao final da tarde, acontece a reunião de pauta, onde são apresentadas as notícias dos diversos cadernos: cidade, polícia, nacional, esporte, política, saúde, economia, etc. Durante esta reunião, logo após a apresentação das pautas é avaliado o que vira ou não notícia. E posteriormente, o mais importante, a escolha da manchete.

Esta manchete é o que, muitas vezes atrai o leitor a comprar o jornal, e para ser bem escolhida há critérios a serem seguidos.

Alguns destes critérios são:

Regionalismo – assuntos relacionados à própria cidade que causem comoção social, os temas geralmente estão ligados a (Utilidade Pública, Futebol, Polícia, Política, Economia, etc.)

Morte - A morte mobiliza por ser um assunto alheio ao público, despertando curiosidade e o compartilhamento de sentimentos (emoção, desamparo, incompreensão, raiva...) de modo geral a população tem interesse em desgraça. O tema – Morte obtém audiência. E esta audiência pode tornar-se maior se a vítima for alguém carismático, pode ser um político, ou um cantor mundialmente conhecido. Neste caso a agenda segue por muitos dias em cima do mesmo tópico, esmiuçando as informações de modo a continuar com o assunto em pauta.

Catástrofe social - É quando ocorre um agravante no fato inerente a sociedade, algo que cause impactos negativos e que repercuta diretamente na vida das pessoas. O fato, elevação na taxa de desemprego, pauperização de massa, pode ser um exemplo de catástrofe social, existe também a catástrofe natural, quando repercute na vida das pessoas. No ano passado, tivemos muitos destes desastres; no Haiti, por exemplo, ocorreu um terremoto, em sua capital, Porto Príncipe. A maior tragédia na história do país, onde milhares de pessoas morreram e muitas famílias ficaram desabrigadas. Decorrente ainda desta tragédia desencadeou-se uma epidemia de cólera, que matou centenas de haitianos (citei dois acontecimentos trágicos que assolaram a população haitiana, mas o último não teve tanta repercussão, ou tanto espaço quanto o terremoto, o primeiro como catástrofe, foi a agenda e o outro assunto foi noticiado, mas teve menos importância

Insólito/ incomum - Fatos isolados também despertam curiosidades, quando não há algo muito “quente” o insólito pode ganhar mais espaço sim, exemplos: “Mulher chora lágrimas de sangue” é no mínimo curioso, ou “bebê é abandonado na praça” este segundo ponto envolve direitos humanos e a moral em si. Contudo, são acontecimentos que fogem da rotina, não obrigatoriamente fatos negativos, mas fatos que podem gerar uma boa discussão a cerda dele.

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