Aprendizagem social, vulgo análise do consumo...

Não é segredo para ninguém que a publicidade tem a intenção de encantar os consumidores.
O que transforma um produto desinteressante em encantador é a forma de como este é apresentado ao público. O poder da abordagem e a tática de convencimento é chamada de persuasão. A persuasão é um processo natural publicitário que se encaixa perfeitamente na Teoria dos Relacionamentos Sociais, conhecida também como Aprendizagem Social.

Em resumo a Teoria dos Relacionamentos Sociais analisa os efeitos da comunicação para o consumidor. O número de vezes que um material veiculado pelos meios de comunicação é repetido, por exemplo, altera a intensidade do interesse do público. Outro fator que altera o interesse e a percepção das pessoas são os fatores internos e externos do sujeito e a forma de interação entre os outros que influencia mutualmente aos envolvidos. Os indivíduos respondem de forma diferente aos estímulos dos meios de comunicação, mas a partir de variáveis é possível estudar o processo mecanicista estímulo-resposta.

A maneira ideal de estudar esses processos é chamada pesquisa de mercado. Foi-se a ideia de que bastava uma mensagem geral para que todos aprovassem. Antes de uma campanha ser concebida era necessário, agora, identificar os gostos das pessoas a quem se queria influenciar. A preferência do consumidor é o principal. Liderada, então, pela ideia de que indivíduos modelados pelo meio social pensam parecido a Teoria comentada acima busca o entendimento das tendências do público alvo.

O segredo das pesquisas de mercado é a manipulação, feita pelo pesquisador, de uma variável qualquer com o objetivo de analisar seu efeito no processo de persuasão. Vamos ao exemplo.
Se uma marca de produtos alimentícios que existe do mercado a muito tempo, quer atrair a atenção das donas de casa e comemorar o aniversário da marca; em uma só jogada ela pode trabalhar com o instinto paternal das donas de casa e aumentar suas vendas. Como? Suponhamos que a marca durante um período de tempo volte a produzir uma embalagem antiga, do tempo em que as donas de casa ainda eram crianças. Ao ver o produto o público alvo, as donas de casa, lembrarão da infância, de momentos compartilhados em família e se aproximarão da marca, comprando o produto para mostrar aos filhos, aos pais ou mesmo para nutrir sua própria nostalgia. Para realizar essa campanha, é necessário, claro, uma pesquisa de mercado e por na balança os lucros e as desvantagens. Mas é um exemplo de que os efeitos psicológicos interferem no efeito e na resposta do consumidor, estes estudados pela Teoria dos Relacionamentos Sociais.