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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Todo mundo entende os termos comunicação, manipulação, mídia etc, de maneiras diferentes. Ninguém decodifica uma mensagem da mesma maneira que uma outra pessoa. Os indivíduos são peças singulares, possuem opiniões diferentes. Nas primeiras décadas do século XX, acreditava-se que dava para moldar a opinião pública através da mídia. Eu ainda tenho minhas dúvidas quanto a isso, enquanto muita gente diz acreditar que sim, é possível. Acredito que é possível influenciar opinião, mas não formá-las completamente. Uma mesma mensagem pode chegar para um número muito grande de receptores, mas a maneira como um vai interpretar aquilo que está sendo dito será diferente do outro.

Todo mundo sai por aí dizendo que a mídia é manipuladora, que só quer saber de manipular as pessoas, de impor opiniões e enfim... Eu acredito que muitas das pessoas que falam isso são manipuladas e talvez nem saibam. Acham que são inteligentes o suficiente para não se deixar levar pela mídia. Mas todos nós somos pegos por ela. Nós somos influenciados por algum programa de tv, novela ou filme visto. Aqueles que possuem um grau de escolaridade mais alta, um nível de cultura mais elevado não estão imunes a isto.

A mídia atinge as pessoas das mais diversas maneiras não importando o seu nível cultural, financeiro ou intelectual. Ela se cria uma credibilidade que, com o tempo, se torna quase que incontestável. Quem contestaria o que é dito no Jornal Nacional, por exemplo? Os meios de comunicação tomam partidos em relação aos assuntos tratados no momento. É impossível alguém ser completamente imparcial, mais ainda quando se trata de um meio de comunicação. Muitas vezes, eles passam a informação de uma maneira peculiar para que o receptor compreenda e concorde com o ponto de vista ali imposto. Quase sempre isso é imperceptível.

E como falar de manipulação em meios de comunicação e não falar da maior máquina manipuladora brasileira, não é? A Rede Globo ainda é o veículo de informação de maior audiência no Brasil e não é segredo para ninguém quais são suas opiniões em relação a política do país, por exemplo. O documentário britânico Muito Além do Cidadão Kane mostra claramente o poder de manipulação e as intenções da emissora. Ela usa de um artíficio importantíssimo ao seu favor: a imprensa escrita é vista claramente como partidária, enquanto a posição política na TV é mais camuflada. Logo, é mais fácil impor opiniões. É conhecido o fato do debate entre Lula e Collor para as eleições à presidência de 1989 que foi claramente manipulado, indo ao ar uma versão editada favorável ao candidato Collor e que teria influenciado os eleitores - assim como as pesquisas que apresentavam números errados favorecendo, novamente, Collor.


O documentário irlandês A Revolução Não Será Televisionada apresenta a mesma história de manipulação de um fato - diversos fatos, na verdade - pela mídia para que chegue à população de maneira totalmente distorcida. O foco do documentário é a deposição e o retorno do presidente venezuelano Hugo Chávez. Nele é mostrado discursos e ações de Chávez intercalados com partes de programas de TV que falavam o inverso dos acontecimentos. Chávez chegou a ser comparado com Mussolini e Hitler e a ser chamado de louco. Logo, logo tinham pessoas nas ruas gritando por sua morte.



O poder de manipulação e influência da mídia é claro, tomado diversos aspectos. Nós estamos constantemente expostos a isto. Às vezes a verdade nos é omitida, ou mentida mesmo - como é comum acontecer na publicidade. Todo mundo já foi ou conhece alguém que sofreu as consequencias de uma propaganda enganosa. Essa música do Nação Zumbi traz claramente a ideia do "comprando o que parece ser", do anúncio alienado, da propaganda enganosa:






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