Esse
paradigma tem como ponto de partida as teorias ligadas ao estudo da mensagem,
procurando entender o seu conteúdo básico: o uso da língua e dos signos, sempre
considerando que a linguagem gramatical, para a qual nosso pensamento
automaticamente nos conduz, não é a única linguagem possível e que a própria
vida humana é uma constante elaboração e reelaboração de signos.
No
início do século XX, Ferdinand de Saussure propôs a existência de uma ciência
geral dos signos, da qual a Linguística seria apenas uma parte. Chamou-a de
Semiologia, que designa uma teoria da linguagem e suas aplicações a diferentes
conjuntos significantes. Para ele, semiologia "é a ciência que estuda o signo
dentro do contexto social no qual está inserido, ou seja, sua vida, seu
desenvolvimento e seu significado social.".
A
essência da contribuição de Saussure para a semiótica é este seu projeto de uma
teoria geral da linguagem e dos sistemas de signos, por meio dos quais se
estabelece a comunicação entre os homens, que ele denominou de semiologia. 
Saussure
não chegou a desenvolver uma ciência semiológica, ele apenas previu a
necessidade dessa ciência dos signos, que tomaria emprestado da Linguística
seus conceitos principais, mas da qual a própria Linguística não passaria de um
departamento.
O
aspecto ressaltado por Saussure é que o significado da mensagem não depende
apenas das intenções de quem transmite, mas das regras que constituem o código
social. Ele tratou exclusivamente da linguagem verbal, definindo como o objeto
da Linguística a própria língua.
Roland
Barthes, principal nome da semiologia francesa, ao retomar os estudos de
Saussure, alargou esse campo de abrangência, defendendo que "a Semiologia tem
por objeto qualquer sistema de signos, seja qual for a sua substância, sejam
quais forem os seus limites: as imagens, os gestos, os sons melódicos, se não
constituem linguagens, são, pelo menos sistemas de significação.".
Um
dos aspectos fundamentais da teoria saussureana do signo é a sua estrutura bilateral,
que compreende os signos e seus constituintes: o significante e o significado.
Não é à toa que Barthes ordena os elementos fundamentais do projeto saussureano
em quatro grandes rubricas: língua e fala, significante e significado, sistema
e sintagma e denotação e conotação. O estudo da mídia centrou-se basicamente
nas rubricas significante e significado e denotação e conotação.

3 comentários:
Ahynssa, texto maravilhoso. Me explica ai agora qual a diferença de significante e significado, sistema e sintagma, língua e fala. Hiuahiuahaiuhaiuha, eu esqueci! :X
é complicado!
é complicado!
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