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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Em seu texto “Visão, Som e Fúria”, McLuhan discorre acerca das características (sejam boas ou ruins) da popularização da cultura. Segundo ele, antes, quando não era massificada por meio de rádios, TVs e cinemas, as ‘obras de arte’ eram mais bem elaboradas. Fora que Obras de arte resumiam-se a pinturas e livros.

Com isso, até a educação era diferente. No entanto, as coisas mudaram e, hoje em dia, temos fotografias, cinema, novelas e programas de rádio que juntos criaram um novo processo educacional e de perceber o meio em que vivemos. “Todo o ambiente humano tornou-se agressivamente pedagógico. Todos e tudo têm uma mensagem a declarar, um fio que ligar” (McLuhan). Isso faz com que estudantes, com o passar do tempo, tenham preguiça de pensar, de pesquisar, pois de antemão já querem tudo mastigadinho, levando a sociedade atual ao enciclopedismo.

Discrod, porém, a partir do momento em que McLuhan aborda, em grande parte, somente aspectos negativos dessa popularização da cultura. Ele não cita que com mais acesso à cultura, mesmo que de baixa qualidade (segundo ele), fazem com que as pessoas sintam interesse, sim, em se aprofundar em determinados assuntos, tenham conhecimento do que é próximo e do que é longe. Vivemos, a cada dia, em uma sociedade mais ágil, onde praticidade é o sobrenome e, portanto, literatura prolixa, textos longos e aprendizado cansativo nos fazem perder tempo e oportunidades.

A tecnologia vem para ajudar, também. Antes, acontecimento como o atentado terrorista do 11 de setembro, ou a (suposta) morte de Bin Laden só seriam sabidas por pessoas do mundo inteiro meses depois. Ou o caso do chinês sequestrado no Afeganistão e que foi salvo pelo iPhone. Enfim...

McLuhan critica ainda o fato de obras literárias serem transformadas em filmes e séries. Como é o caso, por exemplo, do famoso “Primo Basilio” (abaixo)


Segundo Luhan, o cinema nos desacostuma a entender a ESSENCIAL de uma obra. O Filme já vem com vozes, cenas, paisagens e ainda atores que se transformam em atrizes famosas. Concordo em parte, porém confesso que não somente para mim, mas para toda a geração futura, as obras transformadas em filmes são a melhor maneira de ter acesso a estas.

Agora, o hábito da leitura e da interpretação vem de cada um... E é até maior do que antigamente, onde segundo o próprio, na Idade Média, crianças buscavam na imaginação a escrita de palavras, para fazer suas proprias copias de textos através de ditados...

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