Frankfurtianos não usam pen-drive

Theodor Adorno

Escola de Frankfurt. O nome já assusta, assim como as personalidades que criaram essa veia filosófica: Adorno, Horkheimer, Fromm, Marcuse... E o interessante é que nenhum desses carinhas era realmente parte da comunicação, mas que acabaram se juntando e criando essa teoria que assusta até os mais intelectuais alunos do séc. XXI.

O importante é que eles logo perceberam a importância da comunicação na vida das pessoas. Além disso, eles também achavam que esse estudo devia ser feito como um todo e não em partes. Com uma ajuda de antigos pensadores como Marx, Freud e Nietzsche, a escola foi formada.

O conceito de indústria cultural, criado por Adorno e Horkheimer, é utilizado até hoje e significa "uma prática social, através da qual a produção cultural e intelectual passa a ser orientada em função de sua possibilidade de consumo no mercado". Mercado, mercado, mercado. Nem as obras de arte escaparam do gosto popular e passaram a ser comercializadas, para espanto de muitos e felicidade de outros. As empresas aparecem aos montes, com tecnologias cada vez mais avançadas. E os frankfurtianos não ficaram para trás, percebendo que as empresas de comunicação estavam influenciando cada vez mais as pessoas, tomando o lugar da família, da escola e da religião. O capitalismo penetrava na cabeça da sociedade de forma sutil e ao mesmo tempo abrangente. O grande problema foi a conversão do ser humano à mercadoria, como todo o resto.

Além dos nossos já conhecidos pensadores, temos a influência de muitos outros. Kracauer e Benjamim eram uma espécie de proto-frankfurtianos e adoravam as novas formas de arte tecnológica. Para eles, o capitalismo criou uma democratização da cultura, levando a arte para as massas através das indústrias e tirando esse poder da burguesia. Além deles, Habermans escreveu um livro em que dizia que as nossas conquistas e liberdades surgiram graças à esfera pública, que depois foi "colonizada pelo consumismo dos interesses mercantis e pela propaganda manipuladora dos partidos políticos."