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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Universidade de Birmingham, Inglaterra.

O Centro de Estudos Culturais Contemporâneos foi fundado em 1964 na Universidade de Birmingham, na Inglaterra. O local funcionava como centro de pesquisas para reunir grupos de trabalho, para doutorado, em torno de diferentes áreas para explicar os fenômenos sociais.

As pesquisas tomam como base seus estudos por obras de três autores importantes da época, Richard Hoggart, Raymond Williams e Edward Thompson. As obras desses autores trouxeram um novo campo de visão para o estudo da comunicação global, o estudo mediado pela cultura. Segundo eles, a cultura é o conjunto de todas as práticas sociais e que essas práticas moldam o curso da história, ou seja, que a cultura está ligada ao histórico do ser humano, aos conflitos que ele viveu e ainda vive e aos traços que definem sua região. Os três ainda tiveram conclusões certas a cerca do futuro, onde naquela época falaram de uma dominação e alienada que a mídia iria atinfir ao passar dos anos e que ela iria transformar culturas e mudar conceitos já existentes.

O estudo do centro toma foco no feminismo, na luta da igualdade da mulher, a partir da década de 70, onde as pesquisas feitas pela cúpula do centro mostraram o processo de transformação ideológica que a cultura da América e Europa sofreram a partir do movimento social e político que estava acontecendo.

"O que acontece quando as mulheres procuram viver em consonância com uma imagem que as priva de vontade própria? O que sucede quando as mulheres crescem dominadas por uma imagem que lhes nega a realidade de um mundo em mutação?"

(Friedan, 1963: 38) - Pensamento filosófico liberal


Durante muitos anos, o local produziu muitas pesquisas voltadas para o social, abordando sempre temas políticos, econômicos, culturais e midiáticos, mas em 2002, o Centro de Estudos Culturais foi fechado. Segundo alunos e professores, existiam rumores de que em uma avaliação de pesquisa feita pelo governo inglês, o departamento cultural teria recebido uma nota “muito ruim” e em seguida veio uma carta da alta administração da universidade dizendo que o centro seria fechado devido a uma “reestruturação” dos departamentos de Birmingham. Os professores disseram que o governo achava as medidas e teses do centro muito radicais e que isso atrapalhava o interior da universidade há alguns anos. Mas outras notícias vindas do próprio campus, afirmavam que o departamento foi fechado por mais de 90% dos alunos, quase 250 em números, eram estrangeiros e isso estava causando "incomodação" aos superiores da universidade.

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