Por: Andressa Soares
O conceito sobre a aura de uma obra de arte (e sua destruição) está intimamente ligado à sua reprodutibilidade técnica. Quando a arte passou a não mais ser produzida de forma manual e apenas olhada, pois com a entrada da fotografia houve uma mudança na visão das pessoas e desde então com o cinema, a televisão etc... Gerando uma discussão quanto à reprodução da obra de arte e sua autenticidade. A aura seria portanto a sua absoluta singularidade, uma relação com o único.
“O conceito de aura permite resumir essas características: o que se atrofia na era da reprodutibilidade técnica da obra de arte é sua aura. Generalizando, podemos dizer que a técnica de reprodução destaca do domínio da tradição o objeto reproduzido. Na medida em que ela multiplica a reprodução, substitui a existência única da obra de arte por uma existência serial. E na medida em que essa técnica permite à reprodução vir de encontro ao expectador, em todas as situações, ela atualiza o objeto reproduzido.”
A perda da aura não é apenas conseqüência das novas formas artísticas e dos processos técnicos envolvidos em sua produção e recepção, é resultado também de um contexto econômico e cultural mais abrangente. Na aura estão incluídas as várias associações que a obra adquiriu com o tempo, testemunhos de uma existência histórica. Por isso, a perda da aura é consequência de fatores intimamente ligadas aos movimentos de massas.
“Em suma, o que é aura? É uma figura singular, composta de elementos
especiais e temporais: a aparição única de uma coisa distante, por mais
perto que ele esteja.” - Benjamin
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